terça-feira, 20 de abril de 2010

divina humanidade


Já não sei quem disse, mas o importante é o que disse: qualquer coisa assim: "não acredito em Deus, mas acredito nas pessoas que acreditam". As pessoas! Ainda que Deus não existisse, mero devaneio filosófico (é óbvio que existe!), acreditaria sempre no Homem. Na sua infinita capacidade de se regenerar e, muitas vezes, superar. No seu, que disparate!, sobre-humano dom de sonhar.
Acontece que este Homem, que é o centro de todas as considerações que, envergonhadamente, ouso tecer, é tão mais sublime quanto menos deus tenta parecer.
Se, na acepção que tenho de um Criador, este existe apesar de nós? Sim. Ele existe, existamos nós ou não. Não precisa de ser adorado...Ele é! Quando assistimos à nossa própria dor, chamamos-Lhe cruel. Esquecemos que a nossa dor é uma ínfima manifestação de egoísmo na imensidão do Universo. Que ideia de grandeza temos, quando nos revoltamos, afirmando que Ele se esqueceu de nós! Quem somos nós?
O Deus em que creio não é o Deus dos Homens. É um Deus total! Com ou sem homens...
Enquanto isso, vou acreditando nesses homens que riem e choram, que amam e matam. Também nas suas acções, sim, está uma partícula desse Deus. Quando matam, amam, choram e riem...

Sou!


E decidiu ser feliz. Percebeu que o sofrimento que sempre considerara interior provinha dos estímulos de condutas alheias. Se os outros queriam caminhar em direcção ao inferno, que tivessem, pois, o inferno. Não o partilhassem consigo. E a felicidade seria isso. Não beber do cálice que lhe ofereciam com candura diabólica. Fizera tudo para fazer saber que não lhe agradava aquele vinho. Ignoraram-lhe os pedidos. Pois bem. Do exterior, próximo e distante, recusaria toda a mácula. Não lhe pedissem para aceitar valores que a sua natureza recusava. Bastava. Seria feliz. E estava disposto a abdicar de tudo. Até do amor...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Islândia ou Islão?


Perante a grave crise que atravessam as relações entre a Islândia e a impoluta União Europeia, que a ameaçou com a não aceitação no seu clube, a propósito da duvidosa dívida daquela a esta, através de alguns dos seus cidadãos, sobretudo britânicos e holandeses, a que o resistente povo da ilha respondeu com um uníssono "Não Pagamos!", o Presidente Grimsson fez saber ao mundo que a grande arma de destruição massiva não está nas mãos de um qualquer amador.
Ahmadinejad é um brincalhão. Quem tem medo do Islão? A Islândia não tem uma bomba atómica. Tem um vulcão!