
E decidiu ser feliz. Percebeu que o sofrimento que sempre considerara interior provinha dos estímulos de condutas alheias. Se os outros queriam caminhar em direcção ao inferno, que tivessem, pois, o inferno. Não o partilhassem consigo. E a felicidade seria isso. Não beber do cálice que lhe ofereciam com candura diabólica. Fizera tudo para fazer saber que não lhe agradava aquele vinho. Ignoraram-lhe os pedidos. Pois bem. Do exterior, próximo e distante, recusaria toda a mácula. Não lhe pedissem para aceitar valores que a sua natureza recusava. Bastava. Seria feliz. E estava disposto a abdicar de tudo. Até do amor...
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