
Da persistente dicotomia homem-mulher se poderá deduzir que a biologia é, de facto, muito bruta. Hábitos e tradições mudam. Assim como leis e costumes. Mas, insiste a genética: eu estou mais próximo de um chimpazé macho do que da minha querida amada. É cruel! Os cientistas deveriam ser todos impedidos de divulgar as suas descobertas. Milhares de anos de bela poesia amorosa para chegar à bela conclusão de que os seus excelentes autores se sentiam distantes da mulher amada por serem uns seres simiescos encantados com a beleza do inatingível. E, note-se, a mulher amada não se atinge pela carne. Isso é mera biologia. É pela alma! E é isso que poetas de todos os tempos fazem: sentir a alma da mulher e tentar aprisioná-la! Elevada pretensão. Vem, depois a crua e, repito, muito bruta ditadura biológica arrasar tudo. Condenados ao eterno afastamento. Como um castigo. Amargo...
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