Os escritos do Criptonico não são negativos. São fruto da percepção de uma mente da qual faz, naturalmente, parte a negatividade. Não existem mensagens positivas, porque positivo e negativo invocam-ne mutuamente. Não existe um sem o outro.
Ora, o autor do Criptonico, pessoa sãmente desequilibrada, convive harmoniosamente com esses dois pólos da existência humana.
O que se passa é que, ultimamente, tem andado mais inclinado para questões de natureza emocional que o perturbam. Têm que ver com a capacidade de aceitar o outro, pessoa com a dignidade intrínseca e absoluta de qualquer indíviduo, quando este porta em si vivências que incomodam o autor até à náusea. E são, muitas vezes, vivências passadas aparentemente inócuas. Acontece que Miguel G Palma acredita que, num indivíduo, o momento presente não passa do somatório de todos os momentos do passado que também já foram presente. Donde, o passado de uma pessoa está presente nela como se toda a vida fosse um único momento. Nesta perspectiva, dizer que determinado acontecimento se deu há 10 minutos ou há 10 anos é muitas vezes irrelevante quanto à avaliação da natureza de uma pessoa. Eu apresento-me no agora, fruto de todas as vivências que me foi dado experienciar. Eu sou o que sou desde o momento em que nasci.
A angústia desta posição de partida é saber como eliminar os aspectos da vida do outro, passados e presentes, que, pondo de lado considerações lógicas (porque os sentimentos e emoções não estão certos nem errados:sentem-se, exprimem-se à margem da razão), afectam a nossa vida. Afectam com gravidade. A avaliar pelos danos que causam na alma.
Negativo, Miguel G Palma? Não! Um optimista que chora!
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