
Ela encostou a cabeça ao ombro de Lúcio, e disse com ternura:
- Lúcio, nunca me senti tão bem com um homem como me sinto contigo. Tu completas-me!
Com os outros era só sexo. Mais nada. Quero que percebas isso: só uma pila dentro de uma vagina! Nada mais. Contigo o sexo é diferente.
Lúcio ficou a pensar numa hipotética diferença entre o sexo que ela praticava consigo e aquilo que fizera com os outros. O que teriam eles de diferente? E arriscou perguntar:
- Mas, amor, quando dormias com esses homens...
- Não, meu querido...como pudeste pensar uma coisa dessas da tua mulher? Nunca deixei que nenhum homem dormisse comigo! Isso é muito íntimo! Nunca! Era só para foder, ouviste? Mais nada!
Ele ficou a meditar sobre se deveria sentir-se confortado com o facto de ter sido eleito o homem ideal para dormir. E, depois, se o sexo era uma coisa tão banal, não íntima, como poderia, então, ser tão especial e diferente consigo? Seria um ET? Ou, tal como com os outros, não seria exactamente a mesma coisa? Dois corpos, um pénis e uma vagina...não compreendia!
Ela notou que ele ficara apreensivo, e esclareceu-o:
- A diferença, meu lindo, é que eu gosto de ti!
- Ah!
Sem comentários:
Enviar um comentário