
Todas as políticas apresentadas neste monótono pasto seco que é Portugal sabem a segundas digestões. Ao português comum não lhe é exigido um mero estômago forte para enfrentar a dureza de uma vida que só é assim porque se quer. É necessário mais: dois estômagos.
O português assemelha-se a uma vaca: paciente, faz ummm! quando se irrita (e é o máximo que faz). Tem um olhar meigo, apesar de passarem a vida a espremerem-lhe as tetas (homens, mulheres e bezerros), e até já finge ignorar as picadas das moscas. Às investidas dos touros tarados e dos veterinários que lhe escavacam a vagina (como se ela fosse uma cabra!), já nem liga.
No fim de satisfazer a todos, ostenta um ar triunfal e nobre, não percebendo que o destino é o matadouro.
Sem comentários:
Enviar um comentário